quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Resolução Política da UJS a respeito dos Aumentos de Tarifas do Transporte Público


A Coordenação Estadual da União da Juventude Socialista do Espírito Santo, reunida ao dia 04 de janeiro de 2012, com intuito de debater, encaminhar e orientar sua militância em relação ao possível aumento das tarifas dos transportes públicos da Grande Vitória aprova a seguinte resolução:

Considerando que por principio a UJS é contra aumento da tarifação do transporte público e que a luta por um transporte público gratuito e de qualidade, é uma luta histórica da UBES, UNE e ANPG entidades que dirigimos nacionalmente e defendemos como representantes de todos os estudantes do Brasil.

Considerando que nesse período os conselhos  de transporte público precisam avaliar o realimento das tarifas. E que as entidades como UESES e UMES Vitória participam destes conselhos.

Considerando que no ultimo ano um militante da UJS de Vitória que participou da reunião do Comuttran (Conselho Monicipal de transporte e Transito de Vitória) representando a UMES de Vitória e votou a favor do aumento da tarifa municipal, contrariando os princípios da nossa organização e, sobretudo, a grande maioria dos estudantes que deveria representar.

Resolve:

1-      Orientar aos seus militantes votar contra o aumento das tarifas de transporte publico em qualquer reunião de Conselhos que venham a participar.

2-      Em caso de aumento das tarifas, a UJS orienta que todos os militantes devem se empenhar em participar unicamente das atividades organizadas pelas entidades estudantis dirigidas pelo nosso campo.

3-      Que nenhum militante da UJS está autorizado a participar nem fortalecer nenhuma atividade organizada pelo movimento intitulado MCA (Movimento Contra o Aumento), por entender que este é um movimento irresponsável e de orientação anarquista, como se mostrou durante o ano de 2011, como também é braço estadual do MPL (Movimento Passe Livre), o qual nacionalmente não concordamos com sua concepção de que o movimento deve ser autogestionado, o que em nossa opinião só contribui para o divisionismo das entidades e conseqüentemente o enfraquecimento do movimento social.

Por fim salientamos que nossa responsabilidade é zelar pela unidade do Movimento Estudantil e o fortalecimento das Entidades Estudantis históricas como a UESES e a UMES de Vitória (esta ultima, que infelizmente se encontra sem gestão).

Sendo assim essa é uma posição de principio para nossa organização, portanto qualquer militante que descumprir ou desconsiderar esta orientação será submetido às sanções cabíveis.


Vitória, 04 de janeiro de 2012

Coordenação Estadual da União da Juventude Socialista

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ousadia, Superação e Abnegação



Com essas três palavras a Plenária de Militantes da UJS Capixaba resumiu o ano de muita luta que, com Ousadia política, Superação dos seus desafios internos e externos e Abnegação em sua militância, construiu um ano de retomada da força política da UJS no estado.
Saio de Vitória, mais uma vez, com a certeza que a UJS no Espírito Santo está caminhando no rumo certo.” Edilson Cavalcanti, Secretário Nacional de Finanças da UJS, ao encerrar a Plenária.
A reunião aconteceu no IFES Campus Vitória, na ultima quinta feira (22/12) ante véspera de natal. Participaram cerca de 30 militantes de 14 Municípios, com acompanhamento do Secretário Nacional de Finanças da UJS, Edílson Cavalcanti, do Secretário Estadual de Juventude do PCdoB, Marcelo Brandão, do Secretário de Juventude do PCdoB Vitória, Fábio Lucio, e com as ilustre presença do Ex-presidente da UJS Capixaba (2000-2006) e atual Secretário de Juventude do PCdoB no Pará, Ketno Lucas.
A UJS debateu sua atuação no ano de 2011 e traçou as perspectivas para o próximo período. O balanço das campanhas da UJS foi positivo, com destaque para o congresso da UESES, que a UJS além de promover um rico debate, conseguiu articular a vinda dos secretários de educação e transportes, sendo que o ultimo anunciou a ampliação do passe livre aos estudantes de cursos técnicos.
Foi destacado também a eleição por aclamação do militante Marcos Paulo para presidente da UESES, retomando assim a direção da entidade que desde de 2005 não era dirigida pela UJS. Marcando a hegemonia no movimento secundarista.
Outras importantes vitórias foram apontadas, como a participação destacada da UJS nas Conferencia Estadual do Parlamento Juvenil do Mercosul, e na Conferencia Estadual e Nacional de Juventude, que foram de grande importância para o debate de PPJ. Também foi debatida a participação capixaba nos congresso da UNE e UBES, a qual teve grandes bancadas de delegados, com saldo de grandes filiações de lideranças juvenis.
A plenária também definiu as prioridades da UJS para o próximo período e elegeu uma coordenação provisória, composta pelos militantes Marcos Paulo Silva (Vitória), Marcos Carvalho (Colatina), Jonas Lube (Vitória) e Luana Rui (João Neiva), que ficará responsável pela atuação da UJS até o próximo congresso.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

4º Congresso da UESES e Etapa Capixaba do 39º Congresso da UBES


Secretário Estadual de Educação, Klinger Marcos Barbosa,
fala na abertura do Congresso
Neste fim de semana foi realizada, no IFES Campus Vitória, a etapa estadual do 39° Congresso da UBES junto ao 4º Congresso da União dos Estudantes Secundaristas do Espírito Santo – Ueses. Prestigiado por entidades e autoridades políticas capixabas, o debate sobre a manutenção dos royalties do petróleo no estado foi marcado por um ato político de abertura, com a presença do Secretário Estadual de Educação, Klinger Marcos Barbosa, do Subsecretário Estadual de Direitos Humanos, Perly Cipriano, e do Subsecretário de Esportes, Anderson Falcão. Além de do Diretor Geral do IFES Vitória, Ricardo Paiva, e representantes da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Simpro-ES (Sindicato dos Professores do Estado do Espírito Santo) e da Famopes (Federação das Associações de Moradores e Movimentos Populares do Espírito Santo).

Secretário Estadual de Transportes e Obras Publicas,
Fabio Damasceno, anunciou o Passe Livre para estudantes
de cursos técnicos e superiores
O congresso também recebeu o Secretário Estadual de Transportes e Obras Públicas, Fábio Damasceno, que, representando o Governador Renato Casagrande, anunciou o passe-livre para os estudantes de cursos técnicos e superiores e o novo Conselho Metropolitano de Transporte Urbano - COTAR, onde a UESES passa a ter cadeira efetiva junto às Centrais Sindicais e Movimentos Populares, num conselho paritário entre Sociedade Civil Organizada, Poder Público e Empresários do Transporte. A conquista foi muito comemorada pelas entidades estudantis, uma vez que constituiu desdobramento da posição coerente do movimento social organizado, no mês de junho de 2011, quando grupos de anarquistas e esquerdistas aproveitaram-se da justa bandeira histórica dos estudantes para realizar passeatas em Vitória, de forma intransigente e irresponsável.
UESES rumo a mais vitórias
Vale destacar o que a campanha alcançou mais de 180 mil estudantes, de cerca de 45 dos 78 municípios. A plenária final elegeu, por unanimidade, a nova diretoria da UESES, que tem como novo presidente o estudante do Ifes Vitória e Diretor da UBES no estado, Marcos Paulo Silva. Também definiu-se a participação dos estudantes no 39º Congresso da UBES, a ser realizado entre os dias 01 e 04 de dezembro de 2011.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Meia-entrada e uma verdade inteira

Meia-entrada e uma verdade inteira
Por Manuela d'Ávila*

A aprovação do Estatuto da Juventude na Câmara e, particularmente, do artigo que versa sobre meia-entrada tem gerado algumas críticas que, por estarem baseadas em meias verdades, geram uma percepção errada da lei e das suas consequências. Para esclarecer a questão da meia-entrada, é preciso tratar da verdade inteira sobre o projeto.

Em primeiro lugar, a lei estabelece meia-entrada tão somente para os jovens estudantes até 29 anos, e não para todos os jovens, como muitos editoriais de imprensa fazem parecer ser. Cerca de 88% dos jovens que frequentam a escola em algum nível pertencem às classes C, D e E. Em segundo lugar, o projeto simplesmente regulamenta uma lei que já existe nos 11 Estados que são os maiores centros de consumo cultural do Brasil e, mais do que isso, sem limite de idade. Ou seja, esse direito já existe e a economia brasileira já o subsidia. O estatuto simplesmente regulamenta nacionalmente a lei, estabelecendo, inclusive, um limite de idade. Na prática, a lei não implica nenhuma “conta a mais” para o consumidor, mas o inverso. A cultura é um direito básico e um bem que tem de ser acessível a todos, a eles também.
Esclarecido que não há “nenhuma conta extra a pagar”, o mais importante é o mérito do projeto. Os países mais avançados, não por acaso, são os que mantêm mais tempo os seus jovens na escola e nas universidades. Fazer isso no Brasil e praticar a educação integral significa não só manter o estudante dentro do espaço físico das escolas, mas, também, construir – num país ainda pobre – um conjunto de incentivos e facilitadores para que o estudante conclua todo o ciclo de estudos. Por isso, existem a meia-passagem estudantil e as bolsas de Ensino Médio, de graduação e pós-graduação (vejam o exitoso programa Universidade para Todos – ProUni). Por isso, também, o Bolsa-Família é vinculado à permanência das crianças na escola.
O acesso à cultura – inclusive aos espetáculos de excelência que têm preços inacessíveis para quem estuda – é um desses incentivos. Ver ao vivo João Gilberto ou Fernanda Montenegro não pode ser um privilégio de elite. Eles são patrimônio da cultura brasileira e devem, por isso, ser acessíveis a todos. Como garantimos isso? Através de subsídio do Estado (evitando que espetáculos financiados através de incentivo fiscal tenham preços inacessíveis) ou do sistema de cotas (estipulando um limite de meias-entradas nos espetáculos). Estas saídas estamos construindo para tirar a conta do consumidor direto de cultura!
Outro aspecto importante: o estatuto – que regulamenta inúmeros direitos importantes para a juventude – não é obra de uma única deputada. Foi aprovado pela unanimidade do Congresso, produzindo, inclusive, consensos entre a bancada evangélica e os defensores dos direitos homoafetivos. Uma lei que nasce de um processo assim é exemplo de diálogo no melhor espírito republicano, sem envolver barganhas, cargos ou emendas. Tanto que o projeto foi consensual justamente por ter sido aquele com maior participação popular da história da Câmara.
* Iniciou-se na política como líder estudantil, sempre militando no PCdoB. Aos 23 anos, tornou-se a vereadora mais jovem da história de Porto Alegre. Dois anos depois, foi a deputada federal mais votada em seu estado, com 271.939 votos. Em 2010, reelegeu-se com 482.590 votos. Na votação dos internautas no Prêmio Congresso em Foco 2009, foi considerada, de todos os parlamentares, quem melhor representou os brasileiros na Câmara naquele ano. Preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

Orlando Silva ganha elogios e apoio em audiência na Câmara


Enquanto o Ministro do Esporte, Orlando Silva, participava de audiência pública na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de que foi vítima, o acusador, policial João Dias, se encontrava com os partidos da oposição na Casa. Dias alegou problemas de saúde para não comparecer ao depoimento marcado na Polícia Federal para esta terça-feira (18), mas participou do encontro com a oposição. O ministro recebeu elogios e apoios dos parlamentares, da base e até da oposição.


Agência Câmara
Orlando Silva ganha elogios e apoio em audiência na Câmara
A audiência pública durou três horas e atraiu grande público e interesse da mídia.
Após a reunião com o acusador, os líderes da oposição – PSDB, DEM, PPS e Psol – participaram da audiência para apresentar a proposta de trazer o policial para falar em audiência pública na Câmara. O líder do PCdoB na Câmara, deputado Osmar Júnior (PI) , rejeitou a proposta, indagando: “Se ele tem informações aterradoras, porque não apresentou hoje na Polícia Federal?”.

Segundo o líder do PCdoB, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) são os responsáveis pela condução dessa investigação. “Ele (João Dias) quer palanque, ele procure em outro lugar; e se tem prova leve para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal”, afirmou Osmar Júnior, explicando que “uma comissão como essa não conclui investigação, ela levanta indícios para que os órgãos do Estado possam atuar na investigação, inquérito e relatório para ir para Justiça”.

“Não queremos perder tempo, queremos a questão esclarecida, resolvida”, enfatizou o parlamentar, provocando aplausos da plateia que lotou o pequeno auditório.

O líder do Governo, deputado Cândido Vacarrezza (PT-SP) reforçou as palavras do líder comunista. E insistiu: “se ele tem prova, se tem gravação, porque não apresenta à Polícia Federal e fica nas coxias com a oposição?” 

Ele, a exemplo do que fez vários parlamentares, elogiou a postura do ministro de vir à Câmara, ir ao Senado e à Controladoria Geral da União para dar todas as explicações. Disse ainda que, como líder do governo, confia no ministro Orlando Silva, elogia e concorda com a iniciativa de facilitar investigação e responder “de forma dura, concisa e precisa a tempo”. 

“Não é pelo fato de uma pessoa acusar outra que ela é culpada”, afirmou Vacarrezza, acrescentando que “não saiu nada (na imprensa) que desabone a conduta do ministro”.

Elogios da oposição

Os elogios ao ministro receberam reforço do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Ele disse que, apesar de ser da oposição, não podia deixar de reconhecer a diferença entre a postura do ministro, que apresentou as provas contra o acusador e procurou os órgãos de Justiça para apurar as denúncias, e a do acusador, que não apresenta provas e foge dos órgãos da Justiça.

A audiência pública começou com a fala do ministro, que repetiu aos parlamentares o que já havia dito em duas entrevistas coletivas convocadas por ele para esclarecer as denúncias. Ele disse que a matéria publicada na revista Veja no final de semana é “uma narrativa falsa, fundada em mentiras e inverdades, que considero muito grave, porque as acusações foram negadas e assim mesmo foram publicadas”.

Ele também repetiu as palavras com que definiu o policial João Dias. “Quem faz a agressão? Trata-se de um desqualificado, um criminoso, uma fonte bandida”, contando que as acusações surgiram diante do processo administrativo do Ministério do Esporte contra os dois convênios feitos com a entidade dirigida por João Dias.

“Diferente do que se publica, a atitude que temos, desde 2008, é de combater o mal feito. Quem combate a corrupção é o Ministério do Esporte, que exige a devolução dos recursos que não são aplicados. Não interessa qual a entidade”, afirmou o ministro, insistindo que “se há o que denunciar, procure a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a imprensa, mas prove. Não provou porque não tem prova. Eu que tenho prova do mal feito por ele”, provocando aplausos da plateia. 

O ministro anunciou aos deputados as medidas adotadas por ele para garantir a apuração das denúncias, acrescentando que colocou à disposição seu sigilo fiscal, bancário, telefônico. Ao mesmo tempo, desculpou-se pelo “tom a mais”.

“É porque é grande a indignação, que vira revolta, macular a vida a partir de uma mentira de um farsante. Quero mostrar a sociedade brasileira e aos senhores dessa Casa a minha conduta ética e o meu compromisso com o Brasil”, disse, rebatendo também as acusações contra o seu Partido, o PCdoB. 

“É uma ameaça à democracia, faz parte da estratégia de desqualificar partidos e a política. Quero rechaçar essa segunda falácia de qualquer esquema para beneficiar partido político”, explicou, destacando que a orientação da presidente Dilma é republicana, de atender a qualquer pessoa independente da ligação política.

Tom de piada


O deputado Sílvio Costa (PTB-PE) fez um contraponto à proposta da oposição de pedir ao ministro que colaborasse com a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “Ai vem o Vaz (de Lima, deputado do PSDB de São Paulo) pedir CPI enquanto o Alckmin corre de CPI como o Aécio corre do Serra”, disse, arrancando risos da plateia. “O ministro é um homem decente e corajoso. Defendo meu país e um homem de bem”, afirmou o parlamentar, fazendo coro a fala de vários parlamentares que manifestaram apoio e solidariedade ao ministro.

O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP) também elogiou o ministro, destacando o trabalho na organização dos grandes eventos esportivos. Ele, também como outros parlamentares, questionou o fato desses grandes eventos envolverem questões econômicas, sociais e políticas importantes. 

“Existe grau de conflito que permeia a realização do evento de 2014 (Copa do Mundo) e o senhor articula esses eventos em nome do governo Dilma”, disse Teixeira, questionando os interesses que se articulam para atingi-lo. 

O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (PB), usando a linguagem própria do futebol, disse que “se ele (João Dias) tivesse ido a Polícia Federal , como foi convocado, teria feito um gol de placa. Mas, só mentiu, fugiu do jogo, enquanto o senhor fez sua defesa, pisando firme em campo, com torcida leal. Parabéns ministro”, conclui, resumindo o teor de toda a audiência pública que durou três horas e atraiu grande público e interesse da mídia.

De Brasília
Márcia Xavier



Portal Vermelho

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Aprovação do Estatuto da Juventude: direitos ampliados

O Plenário aprovou, em votação simbólica, no início da tarde desta quarta-feira (5), o Estatuto da Juventude, que estabelece políticas públicas para esse segmento social, considerado pelo texto como a faixa de 15 a 29 anos. A relatora do projeto, deputada Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) ressaltou que o principal ponto do estatuto é a criação do Sistema Nacional da Juventude, que trata da gestão de recursos para políticas específicas.

Agência Câmara
Acordo com evangélicos garante aprovação do Estatuto da Juventude
Segundo a relatora, o texto atende os interesses de ambas as partes. 
“Para além da sistematização de direitos e deveres, o estatuto torna as políticas da juventude uma questão de Estado, com um sistema próprio e com recursos próprios”, destacou, lembrando que a matéria estava em tramitando na Câmara há sete anos.

O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) destacou, ao final da votação, que o Estatuto da Juventude será um importante instrumento de proteção e ampliação dos direitos dos jovens. “É arregaçar as mangas para fazer valer o Estatuto, que, além de avançar em temas como o respeito à liberdade de orientação sexual e a luta contra a publicidade ostensiva de bebida alcoólica, já traz como uma de suas primeiras consequências positivas o fato de chamar a atenção da sociedade para os jovens”, afirmou.

Lopes ressalta que, com a aprovação do Estatuto, será criado o Sistema Nacional da Juventude, com recursos e políticas públicas específicas para o setor. “A aprovação do Estatuto da Juventude é um momento histórico, justamente por definir as políticas para a juventude como uma questão de Estado, responsabilidade da sociedade como um todo, mas agora com participação mais direta do Poder Público”, indica.

“A UNE e a UJS estão de parabéns, assim como todos os jovens brasileiros que lutaram por essa importante bandeira”, afirma Lopes, citando a União Nacional dos Estudantes e a União da Juventude Socialista.

Pequenas modificações

A votação do Estatuto de Juventude havia sido suspensa, na noite desta terça-feira (4), após pedido da relatora da proposta, para que ela tivesse tempo de fazer ajustes ao texto para atender acordos firmados entre os deputados.

"Fizemos uma série de pequenas modificações no texto nesta manhã para atender aos pedidos de vários setores da sociedade, entre os quais a bancada evangélica e as organizações LGBT", afirmou a relatora. Segundo ela, o novo texto é consensual em torno de pontos polêmicos.

Segundo a relatora, o texto atende os interesses de ambas as partes. “Viramos uma página, a pagina da intolerância", afirmou.

Os evangélicos queria retirar da proposta as questões ligadas ao direito à igualdade na orientação sexual, à inclusão de temas relacionados à sexualidade nos conteúdos escolares e a previsão de respeito e reconhecimento à orientação sexual de cada um.

Foi mantido, no texto aprovado, o direito à igualdade. “O direito à igualdade assegura que o jovem não será discriminado (...) por sua orientação sexual”. Também foi mantida “a inclusão de temas relacionados a sexualidade nos conteúdos curriculares”. Nesse ponto, foi incluído no texto a complementação: “respeitando as diversidade de valores e crenças”.

De Brasília
Márcia Xavier



Extraído do Portal Vermelho

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Com unidade e empolgação, plenária da UJS elege nova executiva


Hoje será um dia que marcará a trajetória politica da UJS capixaba. Pois mesmo a forte chuva não impediu que acontecesse a plenária de uma das organizações políticas mais expressivas da juventude brasileira, a UJS, que é hoje uma das instituições de defesa do socialismo mais importante da América latina.
A atividade contou com a presença de Monique Lemos, secretária nacional de organização, que apontou a necessidade de uma ampla reforma no sistema educacional brasileiro. Segundo Monique a escola que temos  atualmente “ é arcaica, a mesma escola velha e feia dos nossos pais e nossos avós. É uma escola que além de não preparar para a universidade, não prepara também para o mercado de trabalho, cabe a UJS lutar para mudar essa realidade”
Contribuiu também com o debate o Secretário Nacional de juventude Júlio Veloso,  que apontou  os desafios da construção de um projeto  progressista para o Brasil, tendo em vista o contexto mundial dessa que sinaliza ser uma das piores crises do sistema capitalista, em sua mais avançada fase, o imperialismo.
A plenária da UJS elegeu sua nova executiva, e fez modificações na direção, que segundo a Presidente Sara Cavalcanti, já tem como principal tarefa a construção de uma ampla bancada para o congresso da UBES. “O congresso da UBES é a oportunidade que temos para sentir qual é a principal bandeira que norteará a gestão da UESES, já que é através desse congresso que falaremos com centenas de estudantes”.
A plenária indicou também o candidato a presidente da UESES, o estudante do Instituto Federal de Educação (IFES) Marcos Paulo, como candidato no nosso movimento “tenho algo a dizer”. Marcos, que já é diretor da UBES, sinaliza para a necessidade de retomarmos as ruas em defesa da democracia e da qualidade nas escolas capixabas, bem como lutar pelo aumento de vagas nas escolas técnicas e universidades.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Direitos Humanos debaterá famílias alternativas e casamento civil entre homoafetivos

Reproduzindo a matéria da Rádio Câmara


A Comissão de Direitos Humanos da Câmara promove na próxima quinta-feira (29), o seminário "Famílias pela Igualdade".

O evento vai tratar de temas como as famílias alternativas e o casamento civil entre homoafetivos.

O deputado Jean Wyllys, do Psol do Rio de Janeiro, que propôs o seminário, explica que o objetivo é debater o direito de família e os desafios impostos pelas novas configurações familiares.

A experiência da Argentina, após um ano de aprovação da Lei do Matrimônio Igualitário, será o pano de fundo dos debates, segundo o deputado.

"Por isso o seminário terá a presença de autoridades argentinas, tanto do Executivo, como do Legislativo e do Judiciário argentino. Nosso vizinho aprovou a Lei do Matrimônio Igualitário garantindo o direito de família ao conjunto da população. Então, eles vêm falar da experiência argentina e de como o país cresceu não só do ponto de vista moral e espiritual, mas também economicamente, como foi positiva a aprovação do matrimônio igualitário no país".

No mesmo dia do seminário, será lançada a campanha "Famílias pela Igualdade", que tem o objetivo de sensibilizar a sociedade para a questão por meio da exposição de fotografias, acompanhadas de depoimentos, de pais e mães de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais. 

Uma exposição dessas fotos também está à disposição no Espaço do Servidor, no Anexo 2 da Câmara dos Deputados.

Também na quinta-feira, dia do seminário, ocorre a pré-estréia do filme Elvis & Madona, do diretor Marcelo Laffitte, que aborda a vida de uma família constituída por um travesti e uma lésbica que se encontram e se apaixonam de forma inusitada. 

O diretor, a atriz Maitê Proença e o ator Igor Cotrim confirmaram presença e a exibição será às sete da noite no Museu da República, em Brasília.

Além de autoridades, parlamentares e entidades argentinas e brasileiras, foram convidadas para o evento as ministras das Iriny Lopes e Maria do Rosário, das secretarias de Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, o ministro do Supremo Tribunal Federal Ayres Britto, o procurador Daniel Sarmento e representantes do movimento "Mães pela Igualdade".

O seminário "Famílias pela Igualdade" ocorre na próxima quinta-feira, no auditório Petrônio Portela do Senado Federal, a partir das nove da manhã. O evento é aberto ao público.

De Brasília, Geórgia Moraes. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CTB-ES elege coletivo de juventude e define resoluções



No último sábado (24) foi realizada em Vitória/ES a Plenária de Juventude da CTB. Articulada em conjunto à Nação Hip Hop Brasil, a atividade se deu no bojo do processo das conferencias de políticas públicas de juventude (PPJ), constituindo, portanto, uma Conferência Livre, cujo relatório será finalizado e apresentado a Comissão Organizadora Nacional até o dia 30/09, prazo para que as resoluções aprovadas sejam inseridas no relatório nacional. 

A atividade, ocorrida no Sindicato dos Professores (Sinpro-ES), contou com a presença do Titular das Juventudes Trabalhadoras Urbanas no Conselho Nacional de Juventude - CONJUVE e Secretário Nacional de Juventude da CTB, Paulo Vinícius, além de outras lideranças, dentre elas, Anderson Falcão, Coordenador Estadual das Conferencias de Juventude e Josué King, Vice-Presidente Estadual da CTB, além de Pandora Luz, Vice-Presidente Nacional da Nação Hip Hop Brasil.


Durante a atividade foram apresentados vídeos e apresentações referentes às organizações e temáticas juvenis, dentre elas o Pronatec, programa do governo federal que poderá contribuir sobremaneira para a inclusão dos jovens capixabas, articulada a um projeto de desenvolvimento estadual. Também houve apresentação musical do trabalhador artista, Edson Sagaz, e sorteio de livros. 

O ponto alto da atividade foi a apresentação e debate das resoluções referentes às políticas públicas para a juventude trabalhadora capixaba, além daquelas referentes à organização da própria CTB-ES junto aos jovens. O debate foi muito rico e houve grande participação dos presentes, demonstrando compromisso com a construção da frente de juventude desta central, importante instrumento de luta por transformações sociais. As falas também ressaltaram a necessidade de interação com movimentos de base popular, como os organizados em bairros e escolas, além da articulação institucional, a exemplo da reunião com o Deputado Estadual Roberto Carlos, ocorrida no dia anterior (foto).

Outro importante encaminhamento da plenária foi a eleição do Coletivo Estadual de Juventude da CTB-ES, aprovado por unanimidade. O Secretário Nacional Paulo Vinícius conduziu o processo e relatou o esforço que vem sendo empreendido pelo Coletivo Nacional de Juventude, no sentido de estruturar a frente através de coletivos estaduais. Também informou que está sendo elaborada uma revista temática, que deve ficar pronta até a Conferencia Nacional, e também confirmou a Plenária Nacional de Juventude da CTB, que será realizada logo após, nos dias 12 e 13 de dezembro, em Brasília-DF.


De Vitória-ES,
Marcelo Brandão,
Secretário de Juventude da CTB-ES.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Une e DCE do Centro Universitário Vila velha lançam núcleo de pesquisa em defesa da memória e da verdade




No seminário foi debatida a importância de organizar centros multidisciplinares de pesquisa sobre o período da ditadura
A União Nacional dos Estudantes (UNE), o Diretório Central dos Estudantes do Centro Universitário de Vila Velha, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Secretaria Estadual de Direitos Humanos do Espírito Santo lançaram no último dia 17/08 o Núcleo de Pesquisa em Defesa da Memória e da Verdade. Mais de 400 estudantes participaram da atividade.
A mesa coordenada pela presidente do DCE Leônia Tozetti, contou com a presença do Secretário Estadual de Direitos Humanos e ex-diretor da UBES Perly Cipriano, preso e torturado no período da ditadura militar, a Coordenadora do Curso de Direito do Centro Universitário de Vila Velha, Profª Olivia Ferdora, o Presidente da União Estadual dos Estudantes Secundaristas do Espírito Santo (UESES) André Lopes, o Membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-ES Daniel Duarte, o Diretor de Direitos Humanos da UNE Pedro Teixeira e a Diretora de Cultura da UNE Maria das Neves.
O objetivo principal do núcleo é organizar centros multidisciplinares nas universidades com os estudantes que farão pesquisas e coleta de materiais relacionados ao período da ditadura no Estado como também contextualizá-la com o processo nacional e internacional. Irá também compor o Fórum Estadual pelo Direito a Verdade e a Memória dos Desaparecidos Políticos
Levando todos a cantar "Pra não dizer que não falei das flores”, Maria das Neves apresentou o Manifesto e convidou o estudante de Direito André Abreu que trouxe nas mãos a bandeira brasileira.
"É emocionante ver a rede do movimento estudantil indo além dos murros da Universidade, fomentar projetos como este é resgatar a memória do nosso povo, é fazer o Brasil se encontrar com seu passado é lutar pelo direito incondicional que as futuras gerações têm ao direito a verdade”, diz a diretora.
LEIA ABAIXO O MANIFESTO DE FUNDAÇÃO DO NÚCLEO DE PESQUISA EM DEFESA DA MEMÓRIA E DA VERDADE HONESTINO GUIMARÃES

O DCE do Centro Universitário de Vila Velha em parceria com a OAB-ES, a UNE, o GRB e a Secretaria Estadual dos Direitos Humanos no mês em que se comemora o Dia do Estudante homenageiam todos aqueles que tombaram em defesa da democracia e da liberdade criando o núcleo de pesquisa em defesa da memória e da verdade que levará o nome do presidente de honra da UNE "Honestino Guimarães", desaparecido político (preso e torturado).
A maior contribuição que podemos dar as futuras gerações é a memória. Fazer com que o Brasil se encontre com seu passado, que as famílias que perderam precocemente seus filhos possam ver nas páginas oficiais da história brasileira que a morte de seus entes queridos não foi em vão.
Pela imediata abertura dos arquivos da ditadura militar! Para que ninguém esqueça, para que nunca mais aconteça!
Espírito Santo, 17 de Agosto de 2011.